sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Procura-se ! Não lhes daremos tréguas

Mais um que anda fugido. Compreenda-se a razão porque o BPN foi nacionalizado.
Não havia qualquer risco sistémico. Houve sim que proteger e isentar os amigos que tinham créditos concedidos e que até hoje não pagaram. Aliás, estamos nós a pagar e ainda não vimos sequer a abertura de processos para a recuperação desses créditos.
A pouca vergonha e o à vontade desta gente ultrapassa a nossa capacidade de resistência e tolerância.
Leia um pouco da história de mais um dos trastes deste País.

A revista Sábado dedica oito páginas a Duarte Lima, desde o tempo em que, órfão de pai aos 11 anos, ajudava a mãe a vender peixe em Miranda do Douro. À beira de completar 56 anos (Novembro), Duarte Lima tornou-se um homem imensamente rico. A investigação de António José Vilela e Maria Henrique Espada está recheada de detalhes picantes. Na sua casa da Av Visconde de Valmor, em Lisboa, Duarte Lima dava jantares impressionantes, confeccionados in situ por Luís Suspiro; no fim do ágape, o chef vinha à sala explicar aos convidados -- entre outros, Manuel Maria Carrilho, Ricardo Salgado, João Rendeiro, Horácio Roque, Adriano Moreira e José Sócrates -- a génese das suas criações. Ângelo Correia, que o lançou na política em 1981, nunca foi convidado para esses jantares. O andar da Visconde de Valmor foi decorado por Graça Viterbo: a decoradora cobrou 705 mil euros. Quando entrou para a Universidade Católica, graças a uma bolsa que o isentou das propinas, foi ignorado pelos colegas: era pobre, vestia-se mal e vinha da província. Só Margarida Marante se aproximou dele. Duarte Lima oferecia-lhe alheiras confeccionadas pela mãe. Em 1980 já era maestro do coro da Católica. Pacheco Pereira e Santana Lopes assistiam embevecidos aos seus concertos de órgão. O estágio de advocacia foi feito no escritório do socialista José Lamego, então casado com Assunção Esteves, actual presidenta da AR. O primeiro casamento (1982) foi celebrado pelo bispo de Bragança. Em 1983 chegou a deputado e, em 1991, a líder parlamentar e vice-presidente do PSD. Nos anos 1980-90 era das poucas pessoas a quem Cavaco atendia o telefone a qualquer hora. Até que, em 1994, o Indy, então dirigido por Paulo Portas, obrigou o Ministério Público a investigar as suas contas. Demitiu-se de cargos políticos e aguardou a conclusão do processo. Com o assunto arrumado, candidatou-se em 1998 à Distrital de Lisboa do PSD. Ganhou, derrotanto Passos Coelho e Pacheco Pereira. A leucemia afastou-o do cargo. Volta ao Parlamento por dois mandatos: 1999-2002 e 2005-2009. Segundo a revista, Duarte Lima depositou nas suas contas, entre 1986 e 1994, mais de cinco milhões de euros, parte considerável (25%) em cash. É membro da Comissão de Ética do Instituto de Oncologia de Lisboa e fundou a Associação Portuguesa Contra a Leucemia. Agora é o principal suspeito do assassinato de Rosalina Ribeiro.

Nada disto me impressiona, excepto o facto de Duarte Lima ter obtido do BPN, em 2008, pouco antes da nacionalização do banco, um empréstimo de 6,6 milhões de euros, «contraído sem a apresentação de qualquer garantia». O affaire Duarte Lima é um caso de polícia. Mas o affaire BPN, sendo também um caso de polícia, é sobretudo um assunto de Estado. E nenhum jornal ou revista investiu ainda o bastante para o elucidar.

Nota - Está restabelecida a inserção de comentários.

2 comentários:

Força Emergente disse...

Teste de comentários.

bruno disse...

Portugal está numa situação de perda de independência, para isto contribuíram os canalhas políticos que roubaram este pais nos últimos 30 e tal anos, entre eles o incompetente e hipócrita bacoco do poço de Boliqueime e o trafulha do moderno e os vendedores de banha de cobra que sempre embaucaram o analfabeto e ignorante povo português . Estamos como em 1385 o traidor, corrupto, velhaco e ganancioso conde andeiro quis entregar Portugal aos castelhanos. Os castelhanos ofereciam-lhe mais dinheiro. Como agora os bancos e grandes construtoras oferecem mais dinheiro os políticos que nos têm desgovernado e facilitado as miseráveis , e porcas PPP ( parcerias publico privadas ) ,todos a favor das construtoras e sempre contra os interesses do povo português. Em 1385 o MESTRE DE AVIS Dão João I e outros patriotas portugueses mataram o conde traidor Andeiro….Hoje não temos nem um MESTRE DE AVIS nem patriotas, temos um povo de merda e uma elite de palhaços agradecidos cagada de pedantismo e cobarde. Oxalá tivéssemos um patriota como o MESTRE DE AVIS e que acabasse com os canalhas políticos e não políticos traidores aos interesses do povo português.